Biografias de Esopo e Jean de La Fontaine
O GREGO ESOPO
Esopo foi um fabulista grego, que teria vivido na época da idade antiga. Sua existência não foi comprovada por nenhum documento histórico. Foi o criador do gênero fábula.
Esopo (séc. VI a.C.) nasceu provavelmente na região de Trácia, onde hoje se localiza a Turquia. Viajou pelo mundo, tendo passado pelo Oriente Médio, Egito e Babilônia, o que teria enriquecido o gênero que inventou.
Foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas estórias, onde os animais desempenhavam papéis que faziam sentido do ponto de vista moral, ou seja, eles tomavam o lugar dos homens, mas viviam os seus dramas comuns.
A coleção de Esopo era lida no século V em Atenas, uma das épocas de maior efervescência cultural grega. Seus escritos faziam parte da tradição oral, assim como as obras de Homero, por isso, só foram reunidas e escritas depois de 200 anos.
Os fabulistas medievais fizeram uso das fábulas de Esopo. O monge e humanista Planúdio revisou as fábulas, que até então, eram atribuídas a monges bizantinos por conta do teor das estórias semelhantes ao teor moral dos evangelhos bíblicos.
Esopo inspirou muitos poetas medievais. As suas coleções de fábulas também influenciou La Fontaine, escritor e fabulista francês.
O FRANCÊS JEAN DE LA FONTAINE
Jean de La Fontaine foi poeta e fabulista francês. Autor das fábulas, "A Lebre e a Tartaruga", o "Lobo e o Cordeiro", entre outras.
Jean de La Fontaine (1621-1695) nasceu em Château-Thierry, na região de Champagne, França, no dia 8 de julho de 1621. Filho de Charles de La Fontaine, superintendente das águas e florestas, e de Françoise Pidoux. Em 1641 ingressou no Oratório de Reins, mas logo viu que a vida religiosa não lhe agradava. Saiu do convento e entrou no curso de Direito, mas também, o estudo das leis, não lhe agradou.
Em 1647, seu pai resolveu casá-lo. A noiva Marie Héricart, tinha dezesseis anos e um dote de 20 000 libras. Onze anos depois seu pai morre e La Fontaine herda o emprego de superintendente das águas e florestas. Mas, convicto que o trabalho realmente não lhe satisfazia, vendeu o cargo, abandonou a mulher e os filhos e rumou para Paris.
Na capital francesa frequentava o ambiente literário, onde conheceu escritores, poetas e dramaturgos importantes, como Corneille, Madame de Sévigné, Boileau, Racine e Molière. Com os três últimos travou importante amizade. Com quatro anos de estada em Paris, escreveu uma comédia, "Clymène", e um poema, "Adônis".
La Fontaine só se tornou conhecido em 1664, com os contos e com suas primeiras fábulas, dedicadas ao filho de Luís XIV. Recebia do rei uma pensão anual de mil francos, e ainda a amizade de Fouquet, o superintendente das finanças reais, que lhe concedeu um emprego, para ajudar na sua obra poética.
Quando Fouquet caiu em desgraça perante o rei e foi preso, La Fontaine escreveu para ele sua primeira obra de real valor poético, "Elegia às Ninfas do Sena". Com a publicação de outras fábulas suas, despertou a antipatia de Luís XIV, mas não ficou desprotegido, pois duas senhoras da corte, as duquesas de Bouillon e d'Orléans, hospedaram-no em suas mansões.
Com a aproximação dos escritores Voltaire e Molière, escreveu "Contos" e "Os Amores de Psique e Cupido". Em 1668, foram publicadas as "Fábulas Escolhidas", uma coletânea de fábulas de fundo moral, divididas em 6 partes e dedicadas ao rei Luís XIV. A obra que é composta por histórias, cujos personagens principais são animais, fizeram grande sucesso na França. Suas fábulas mais conhecidas são "A Lebre e a Tartaruga", "O Leão e o Rato", o "Lobo e o Cordeiro", e recontou a fábula "A Cigarra e a Formiga", atribuída a Esopo.
Em 1694, o escritor foi recebido na Academia Francesa, graças às suas "Fábulas Escolhidas Postas em Verso", publicadas entre 1668 e 1694. Como Acadêmico viveu durante vinte anos na casa de Madame de La Sablière e depois, na mansão de Madame D'Hervart.
Jean de La Fontaine faleceu em Paris, França, no dia 13 de abril de 1695. Seu corpo foi sepultado no cemitério Père-Lachaise ao lado do dramaturgo Molière.
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Voltem amanhã! Beijão!
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