CONTO - OS DOIS IRMÃOZINHOS
Os dois irmãozinhos
Era uma vez dois irmãos, uma menina e um menino, chamados Joana e João que viviam na floresta com a sua madrasta. Como ela era muito má para eles, as duas crianças decidiram fugir, assim que tivessem uma oportunidade.
Esse dia chegou e, numa manhã, bem cedo, enquanto a madrasta ainda dormia, saíram de casa sem fazer barulho.
Depois de muito andarem e já cansados, resolveram parar junto a um ribeiro para descansar um pouco. O que eles não sabiam é que a sua madrasta já os tinha encontrado e os seguia silenciosamente, através da floresta…
Como estava um dia muito quente, João perguntou à sua irmã:
- Posso beber um pouco de água deste ribeiro Joana?
Ao que a Joana respondeu, sem suspeitar que a madrasta feiticeira tinha lançado um feitiço sobre as águas daquele ribeiro:
- Claro que sim! Andamos muito, está muito calor e deves estar com sede…
O irmão de Joana, assim que bebeu o primeiro gole de água, transformou-se numa corça!
- Oh! Meu querido irmão, que te aconteceu? Não te preocupes, havemos de arranjar uma solução. Para já, temos de fugir daqui!
Depois de andarem mais um pouco, e já quase de noite, encontraram uma casa abandonada e decidiram passar lá a noite. Os dias foram passando e, longe da madrasta, João e Joana acharam boa ideia ficar a viver ali.
Todos os dias o menino-corça gostava de correr pela floresta, deixando a sua irmã muito preocupada.
- Joãozinho, sabes bem que não gosto que andes por aí sozinho, pois tenho medo que um caçador te encontre e te leve!
Mas o menino corça era muito jovem e curioso e não resistia a fazer o mesmo todos os dias.
Um dia, já perto da hora do almoço, o menino corça chega a casa ferido, pois tinha sido atingido pelo tiro de um caçador.
Joana, muito aflita, leva o irmão para dentro de casa e começa a tratar-lhe a ferida.
O caçador que perseguia o menino corça era muito persistente, e seguiu as pegadas da corça até à casa dos dois irmãos. Quando lá entrou, viu Joana ao lado da corça.
A irmã ao ver o caçador, exclamou:
- Por favor, não mates a minha corça! Mas o caçador já nem sequer olhava para a corsa, maravilhado com a beleza de Joana…
O jovem caçador, apaixonado por Joana, pergunta-lhe se quer casar com ele e ir morar para o seu castelo, juntamente com o menino corça. Esta aceita com alegria e o jovem caçador, Joana e João dirigem-se para o castelo, onde o casamento de Joana e do jovem caçador, que afinal é um príncipe, é celebrado com uma grande festa.
Um ano mais tarde, Joana e o príncipe tiveram um lindo menino, a quem chamaram Bernardo, e todos viviam radiantes naquele reino.
A notícia do nascimento do menino e de como eram felizes, Joana e o menino corça, chega aos ouvidos da cruel madrasta, deixando-a furiosa!
A madrasta decide então castigá-los a todos, roubando-lhes Bernardo, o filho de Joana.
A malvada feiticeira entra no quarto do Bernardo, disfarçada de criada, e prepara-se para levar o menino, mas eis que chega o príncipe e, apercebendo-se da intenção da madrasta, saca da sua espada mágica e retira todos os poderes à madrasta malvada!
Como a madrasta já não tem os seus poderes, o feitiço é quebrado e a corça volta a transformar-se no Joãozinho. E assim todos juntos, puderam viver felizes para sempre.
PROFESSORA NANCI
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