domingo, 30 de julho de 2017

Volta às aulas: Dicas

Bom dia! Férias terminando...aulas voltando....hoje na leitura diária algumas dicas para que a volta às aulas não se torne um pesadelo para pais e crianças. Espero que tenham curtido as leituras que postei durante as férias e que continuem visitando meu blog.
#umaleiturapordia 

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 Dicas para facilitar a rotina na volta às aulas

Hora de acordar – Pelo menos uma semana antes do início das aulas, comece a por a criança para dormir cada dia um pouco mais cedo, e o acorde cada dia um pouco mais próximo do horário que acorda para ir para a escola. Os adolescentes podem fazer o mesmo, sozinhos. A mudança gradativa afeta menos o sono e no dia de acordar para a aula o drama será menor.

Arrumando a mochila – Conferir a lista de materiais que estão faltando, que acabaram no primeiro semestre e precisam ser repostos é algo que precisa de antecedência, até para pesquisar preços. É a volta às aulas volume 2, e requer uma preparação como no começo do ano, ainda que em menor escala. Arrume a mochila com certa antecedência, assim lápis de cor, tesoura, cola, apontador, cadernos, canetas. A tarefa pode ser feita com a ajuda da criança, já os adolescentes podem contar com ajuda dos pais, mas devem tomar a dianteira.

Organizando o uniforme – Crianças crescem muito rápido, e a roupa que servia a seis meses pode não ficar boa no segundo semestre. Peça para a criança experimentar o uniforme escolar alguns dias antes, incluindo o caçado. Confira se está tudo em bom estado, se não está apertado ou desconfortável de alguma forma.

Arrumando a lancheira –  Se a escola permite que levem lanches de casa, convide seu filho para arrumar a própria lancheira no primeiro dia de volta às aulas, ou mesmo na primeira semana. Façam isso na noite anterior, será uma tarefa a menos pela manhã. Os horários de alimentação, assim como os de sono, sofreram com a desregulação das férias.

Checando a agenda – Algumas escolas entregam ainda no começo do ano um calendário com as atividades extras que serão desenvolvidas durante o ano todo. Na volta das férias é interessante olhar se há alguma perto pra ir preparando a criança, ou se preparando.

https://oimparcial.com.br/noticias/cidades/2016/08/confira-dicas-para-facilitar-a-rotina-na-volta-as-aulas/

Boas aulas!!!! Bom retorno!!! 
Até o próximo post! Beijão! Professora Nanci Nalini

sábado, 29 de julho de 2017

Bolo de chocolate

Bom dia! Hoje é dia de delícia!!!! Na leitura de hoje, texto instrucional de um  delicioso bolo de chocolate para  deliciarmos. Não deixe de ler e de fazer!!! Bom demais!!!!
#umaleiturapordia

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BOLO DE CHOCOLATE 

Ingredientes:
2 ovos;
1 xícara (chá) de leite.
1 xícara (chá) de óleo.
3 colheres (sopa) de chocolate em pó.
1 e ½ xícara (chá) de farinha de trigo.
1/2 xícara(chá) de Amido de Milho (Maizena).
1 e ½ xícara (chá) de açúcar.
1 colher (sopa) de fermento em pó.
Modo de fazer:
Adicione os líquidos, misture e reserve. Em outro recipiente junte os ingredientes secos (menos o fermento) e depois acrescente os líquidos reservados. Por fim acrescente o fermento e mexa só para misturar. Coloque em forma untada e enfarinha (ou polvilhada com chocolate) e leve ao forno que já estava preaquecido em 180ºC por aproximadamente 45 min.
Deixe esfriar um pouco e desenforme.
Cobertura:
1/2 lata de leite condensado.
120 ml de leite.
2 colheres (sopa) de chocolate em pó.
1 colher (sopa) de manteiga ou margarina.
Leve todos os ingredientes ao fogo médio/baixo. Quando ferver retire. Despeje sobre o bolo.

Bom apetite!!!! Beijão! Até amanhã!

sexta-feira, 28 de julho de 2017

A raposa e as uvas

Bom dia! Poesia na leitura de hoje! A fábula "A raposa e as uvas" escrita em versos pelo poeta português "Bocage". Leiam e deleitem-se!!

#umaleiturapordia


A raposa e as uvas


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Contam que certa raposa,
Andando muito esfaimada,
Viu roxos, maduros cachos
Pendentes de alta latada.

De bom grado os trincaria,
Mas sem lhes poder chegar,
Disse: “Estão verdes, não prestam,
Só os cães os podem tragar!”

Eis cai uma parra, quando
Prosseguia seu caminho,
E, crendo que era algum bago,
Volta depressa o focinho.

Manuel Maria de Barbosa l’Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de Setembro de 1765 — Lisboa, 21 de Dezembro de 1805).

Amanhã tem mais!!! Beijão!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

A águia e a coruja

Bom dia! Hoje tem fábula de Jean de La Fontaine " A águia e a coruja" A história mostra-nos que nossos filhos são os mais belos do mundo, mesmo que os outros não achem!!! Bom de ler!!!

#umaleiturapordia

A águia e a coruja
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Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
-Basta de guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
-Perfeitamente - respondeu a águia. - Também eu não quero outra coisa.
-Neste caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes?
- Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo,alegres, cheios de graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave. Já sabes, são os meus.
- Está feito! - concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três mostrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
- Que? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...

Moral da história: Quem o feio ama, bonito lhe parece.


Valeu!!! Beijão! Professora Nanci Nalini

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Biografias de Esopo e Jean de La Fontaine

Bom dia! Hoje na leitura diária a Biografia dos dois mais famosos autores de fábulas (fabulistas): Esopo e La Fontaine.  Esopo usava os bichos como personagens de suas fábulas: tartarugas, lebres, raposas, formigas, cigarras. Através das histórias ele criticava os valores da sociedade de sua época, para mostrar o certo e o errado. Vamos saber um pouco sobre esses dois autores. 

Biografias de Esopo e Jean de La Fontaine



O GREGO ESOPO
Esopo foi um fabulista grego, que teria vivido na época da idade antiga. Sua existência não foi comprovada por nenhum documento histórico. Foi o criador do gênero fábula.
Esopo (séc. VI a.C.) nasceu provavelmente na região de Trácia, onde hoje se localiza a Turquia. Viajou pelo mundo, tendo passado pelo Oriente Médio, Egito e Babilônia, o que teria enriquecido o gênero que inventou.
Foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas estórias, onde os animais desempenhavam papéis que faziam sentido do ponto de vista moral, ou seja, eles tomavam o lugar dos homens, mas viviam os seus dramas comuns.
A coleção de Esopo era lida no século V em Atenas, uma das épocas de maior efervescência cultural grega. Seus escritos faziam parte da tradição oral, assim como as obras de Homero, por isso, só foram reunidas e escritas depois de 200 anos.
Os fabulistas medievais fizeram uso das fábulas de Esopo. O monge e humanista Planúdio revisou as fábulas, que até então, eram atribuídas a monges bizantinos por conta do teor das estórias semelhantes ao teor moral dos evangelhos bíblicos.
Esopo inspirou muitos poetas medievais. As suas coleções de fábulas também influenciou La Fontaine, escritor e fabulista francês.


Jean de La Fontaine

O FRANCÊS JEAN DE LA FONTAINE

Jean de La Fontaine foi poeta e fabulista francês. Autor das fábulas, "A Lebre e a Tartaruga", o "Lobo e o Cordeiro", entre outras.
Jean de La Fontaine (1621-1695) nasceu em Château-Thierry, na região de Champagne, França, no dia 8 de julho de 1621. Filho de Charles de La Fontaine, superintendente das águas e florestas, e de Françoise Pidoux. Em 1641 ingressou no Oratório de Reins, mas logo viu que a vida religiosa não lhe agradava. Saiu do convento e entrou no curso de Direito, mas também, o estudo das leis, não lhe agradou.
Em 1647, seu pai resolveu casá-lo. A noiva Marie Héricart, tinha dezesseis anos e um dote de 20 000 libras. Onze anos depois seu pai morre e La Fontaine herda o emprego de superintendente das águas e florestas. Mas, convicto que o trabalho realmente não lhe satisfazia, vendeu o cargo, abandonou a mulher e os filhos e rumou para Paris.
Na capital francesa frequentava o ambiente literário, onde conheceu escritores, poetas e dramaturgos importantes, como Corneille, Madame de Sévigné, Boileau, Racine e Molière. Com os três últimos travou importante amizade. Com quatro anos de estada em Paris, escreveu uma comédia, "Clymène", e um poema, "Adônis".
La Fontaine só se tornou conhecido em 1664, com os contos e com suas primeiras fábulas, dedicadas ao filho de Luís XIV. Recebia do rei uma pensão anual de mil francos, e ainda a amizade de Fouquet, o superintendente das finanças reais, que lhe concedeu um emprego, para ajudar na sua obra poética.
Quando Fouquet caiu em desgraça perante o rei e foi preso, La Fontaine escreveu para ele sua primeira obra de real valor poético, "Elegia às Ninfas do Sena". Com a publicação de outras fábulas suas, despertou a antipatia de Luís XIV, mas não ficou desprotegido, pois duas senhoras da corte, as duquesas de Bouillon e d'Orléans, hospedaram-no em suas mansões.
Com a aproximação dos escritores Voltaire e Molière, escreveu "Contos" e "Os Amores de Psique e Cupido". Em 1668, foram publicadas as "Fábulas Escolhidas", uma coletânea de fábulas de fundo moral, divididas em 6 partes e dedicadas ao rei Luís XIV. A obra que é composta por histórias, cujos personagens principais são animais, fizeram grande sucesso na França. Suas fábulas mais conhecidas são "A Lebre e a Tartaruga", "O Leão e o Rato", o "Lobo e o Cordeiro", e recontou a fábula "A Cigarra e a Formiga", atribuída a Esopo.
Em 1694, o escritor foi recebido na Academia Francesa, graças às suas "Fábulas Escolhidas Postas em Verso", publicadas entre 1668 e 1694. Como Acadêmico viveu durante vinte anos na casa de Madame de La Sablière e depois, na mansão de Madame D'Hervart.
Jean de La Fontaine faleceu em Paris, França, no dia 13 de abril de 1695. Seu corpo foi sepultado no cemitério Père-Lachaise ao lado do dramaturgo Molière.

https://www.ebiografia.com/esopo/
https://www.ebiografia.com/jean_de_la_fontaine/

Voltem amanhã! Beijão!

terça-feira, 25 de julho de 2017

O cavalo descontente

Bom dia! Sempre podemos encontrar motivos para nos sentirmos descontentes, se quisermos. Podemos, também, encontrar argumentos para nos considerarmos afortunados por estarmos vivos. Tudo depende da maneira como cada um vê a existência. A narrativa de hoje é a fábula " O cavalo descontente". Ela nos faz refletir que o importante é o nosso presente, é o nosso hoje!!!!
#umaleiturpordia

O CAVALO DESCONTENTE

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Era uma vez um cavalo que, em pleno inverno, desejava o regresso da primavera. De fato, ainda que agora descansasse tranquilamente no estábulo, via-se obrigado a comer palha seca.
– Ah, como sinto saudades de comer a erva fresca que nasce na primavera! dizia o pobre animal.
A primavera chegou e o cavalo teve sua erva fresca, mas começou a trabalhar bastante porque era época da colheita.
– Quando chegará o verão? Já estou farto de passar o dia inteiro puxando o arado! lamentava-se o cavalo.
Chegou o verão, mas o trabalho aumentou e o calor tornou-se muito forte.
– Oh, o outono! Estou ansioso pela chegada do outono! dizia mais uma vez o cavalo, convencido de que naquela estação terminariam seus males.
Mas no outono teve que carregar lenha para que seu dono estivesse preparado para enfrentar o inverno. E o cavalo não parava de queixar-se e de sofrer.
Quando o inverno chegou novamente, e o cavalo pode finalmente descansar, compreendeu que tinha sido fantasioso tentar fugir do momento presente e refugiar-se na *quimera do futuro. Esta não é a melhor forma de encarar a realidade da vida e do trabalho.
MORAL: É melhor descobrir o que a vida tem de bom momento a momento, vivendo o presente da melhor forma possível.
Fábulas de Esopo
*quimera = fantasia

Até amanhã! Beijão!

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Silva, Leão, Oliveira...

Bom dia! Vamos conhecer hoje, a origem de alguns sobrenomes. Será que é o seu? É o do meu amigo! Enfim, leia e fique por dentro dessa informação.

#umaleiturpordia

Resultado de imagem para Silva, Leão, Oliveira… Você sabe dizer de onde vêm os sobrenomes brasileiros?


Silva, Leão, Oliveira…
Você sabe dizer de onde vêm os sobrenomes brasileiros?

Como você se chama? Provavelmente tem um primeiro nome que é só seu, e um sobrenome que divide com seus pais. Seu pai e sua mãe, por sua vez, trouxeram os sobrenomes dos seus avós, que os herdaram dos seus bisavós, e assim por diante. Mas de onde, afinal, vieram os sobrenomes que hoje são comuns nas famílias brasileiras?
Varela, Aragão, Braga, Valadares e Lamas eram nomes de cidades ou regiões que identificavam os que lá nasceram, passando a funcionar, com o tempo, como sobrenomes.
A maior parte dos sobrenomes que circulam no Brasil é de origem portuguesa e chegou aqui com os colonizadores. A maioria tem origem geográfica. Ou seja: no local em que a pessoa nasceu ou em que morava. Desta forma, Guilherme, nascido ou vindo da cidade portuguesa de Coimbra, passou a ser Guilherme Coimbra.
Alguns sobrenomes não se referem a localidades, mas a simples propriedades rurais de onde um determinado tipo de plantação era privilegiado. Por exemplo, os moradores de uma quinta em que se cultivavam oliveiras passaram a ser conhecimento como Oliveira, o mesmo acontecendo com Pereira, Macieira e tantos outros.
Outra origem de sobrenomes foram as alcunhas, ou apelidos, atribuídos a uma pessoa para identificá-la e que, depois, se incorporava a seu nome como se dele fizesse parte. É o caso de Louro, Calvo e Severo, por exemplo. Muitos nomes de família se originaram, também, de nomes de animais, fosse por traços de semelhança física ou de características de temperamento: Lobo, Carneiro, Aranha, Leão e Canário são alguns deles.
Também por derivação foi possível formar sobrenomes. Fernandes, por exemplo, seria, na origem, o filho de Fernando; assim como Rodrigues, o filho de Rodrigo; Álvares, o de Álvaro.

Negros, índios e Silvas

Negros africanos, que vieram para o Brasil como escravos, e dos quais tantos de nós descendemos, foram obrigados a deixar para trás seu passado, seu nome e a identificação de sua origem tribal.
Aqui foram batizados com um nome cristão e os sobrenomes que recebiam muitas vezes eram os mesmos de seus senhores. Quando isso não ocorria, os senhores lhes davam sobrenomes de origem religiosa, como Batista, de Jesus, do Espírito Santo.

Também o leigo “da Silva” (silva em latim, é selva, o que significa que a pessoa assim denominada tinha origem imprecisa, não se sabia ao certo de que cidade ou região ela procedia) foi fartamente atribuído a aqueles que não traziam consigo um nome de família. Não é, portanto, por acaso que Silva é hoje no Brasil o sobrenome mais comum, aquele usado pelo maior número de cidadãos.


http://chc.cienciahoje.uol.com.br/silva-leao-oliveira/


Gostaram? Amanhã tem mais!!! Profª Nanci Nalini

domingo, 23 de julho de 2017

Cueca Virada

Bom dia! Hoje é domingo! Dia de carinho e de delícias! No texto instrucional de hoje uma receita muito gostosa que ainda dá tempo de fazer para o cafezinho da tarde.
Leiam e façam! É muito bom!!!!!
#umaleiturapordia


Cueca Virada

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Ingredientes:

3 xícaras de chá de farinha de trigo.
6 colheres de sopa de açúcar.
1/2 xícara de chá de leite.
1 pitada de sal.
1 ovo.
1 colher de sopa de margarina.
1 colher de sopa de vinagre ou pinga.
1 colher de sobremesa de fermento em pó.
Açúcar e canela para polvilhar.
Óleo para fritar.

Modo de fazer:

Misture os ingredientes até ficar uma massa que não grude nas mãos (se necessário coloque mais um pouquinho de farinha de trigo).
Abra a massa com rolo em superfície enfarinhada.
Corte tiras no tamanho desejado.
Faça um corte no meio e passe uma ponta por dentro virando
Frite em óleo não muito quente.
Deixe descansar em papel toalha.
Polvilhe açúcar e canela de acordo com sua preferência.


Bom apetite! Agora é só comer!!! Até mais! Beijão!















sábado, 22 de julho de 2017

O soldadinho de chumbo

Bom dia! Hoje para nosso deleite uma linda história de amor. A paixão de um soldadinho por uma bailarina. Será que esse amor foi recíproco?! Leiam e descubram!!!
#umaleiturapordia

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O soldadinho de chumbo 

Hans Christian Andersen 

Era uma vez um menino que tinha muitíssimos brinquedos. Guardava todos no seu quarto e, durante o dia, passava horas e horas felizes brincando com eles. Um dos seus brinquedos preferidos era o de fazer a guerra com seus soldadinhos de chumbo. Colocava-os uns de frente para os outros e começava a batalha. Quando os ganhou de presente, se deu conta de que a um deles lhe faltava uma perna por causa de um defeito de fabricação. Não obstante, enquanto jogava, colocava sempre o soldado mutilado na primeira linha, diante de todos, incentivando-o a ser o mais valente. Mas o menino não sabia que os seus brinquedos durante a noite adquiriam vida e falavam entre eles, e, às vezes, ao colocar ordenadamente os soldados, colocava por descuido o soldadinho mutilado entre os outros brinquedos. 
E foi assim que um dia o soldadinho pôde conhecer uma gentil bailarina, também de chumbo. Entre os dois se estabeleceu uma corrente de simpatia e, pouco a pouco, quase sem se dar conta, o soldadinho se apaixonou por ela. As noites continuavam rapidamente, uma atrás da outra, e o soldadinho apaixonado não encontrava nunca o momento oportuno para declarar seu amor. Quando o menino o deixava no meio dos outros soldados em uma batalha, torcia para que a bailarina se desse conta de sua coragem. Quando ela lhe perguntava se tinha tido medo, ele lhe respondia com veemência que não. Mas os olhares insistentes e os suspiros do soldadinho não passaram despercebidos pelo diabinho que estava trancado em uma caixa de surpresas. Cada vez que, por um passe de mágica, a caixa se abria à meia-noite, um dedo ameaçador apontava para o pobre soldadinho. 
Finalmente, uma noite, o diabo explodiu 
— Ei, você! Deixe de olhar para a bailarina! O pobre soldadinho se ruborizou, mas a bailarina, muito gentil, o consolou:
— Não lhe dê ouvidos, é um invejoso. Eu estou muito feliz por falar com você. E disse isso ruborizando-se. 
Pobres estatuazinhas de chumbo, tão tímidas, que não se atrevem a confessar seu mútuo amor! Mas um dia foram separados, quando o menino colocou o soldadinho no batente de uma janela.
— Fique aqui e vigie para que não entre nenhum inimigo, porque mesmo que você seja manco, bem que pode servir para sentinela. O menino logo colocou os outros soldadinhos em cima de uma mesa para brincar. 
Passavam os dias e o soldadinho de chumbo não era deslocado do seu posto de guarda. Uma tarde começou de repente uma tormenta, e um forte vento sacudiu a janela, batendo na figurinha de chumbo, que se precipitou no chão. Ao cair do batente, com a cabeça para baixo, a baioneta do fuzil se cravou no chão. O vento e a chuva continuavam. Uma tempestade de verdade! A água, que caía a cântaros, logo formou amplas poças e pequenos riachos que escapavam pelo esgoto. Um grupo de garotos esperava que a chuva diminuísse, cobertos na porta de uma escola próxima. Quando a chuva parou, começaram a correr em direção às suas casas, evitando pôr os pés nas poças de lama maiores. Dois garotos se refugiaram das últimas gotas que escorriam dos telhados, caminhando muito próximos às paredes dos edifícios. Foi assim que viram o soldadinho de chumbo enterrado no chão, encharcado de água.
— Que pena que só tenha uma perna! Se não, eu o levaria para casa — disse um deles. 
— Vamos levá-lo assim mesmo, para algo servirá — disse o outro, e o colocou em um dos bolsos. No outro lado da rua descia um riachinho, que transportava um barquinho de papel que chegou até ali, não se sabe como.
— Colocamo-lo em cima e parecerá um marinheiro! — disse o pequeno que o havia recolhido. E foi assim que o soldadinho de chumbo se transformou em um navegante. A água vertiginosa do riachinho era engolida pelo esgoto, que acabou engolindo também o barquinho. No canal subterrâneo o nível das águas turvas era alto. Enormes ratazanas, cujos dentes rangiam, viram como passava diante delas o insólito marinheiro em cima do barquinho afundando. Mas não seriam umas míseras ratazanas que iriam assustá-lo, a ele que havia enfrentado tantos e tantos perigos em suas batalhas! 
O esgoto desembocava no rio, até que o barquinho chegou ao final e afundou, sem solução, empurrado por redemoinhos turbulentos. Depois do naufrágio, o soldadinho de chumbo acreditou que seu fim estava próximo, ao submergir-se nas profundezas das águas. Milhares de pensamentos passaram, então, pela sua mente, mas havia sobretudo um que o angustiava mais que nenhum outro: era o de não voltar a ver jamais a sua bailarina...
Logo, uma boca imensa o engoliu para mudar seu destino. O soldadinho se encontrou no escuro estômago de um enorme peixe, que avançou vorazmente sobre ele, atraído pelas cores brilhantes do seu uniforme. Sem dúvida, o peixe não teve tempo de ter problemas de digestão com uma comida tão pesada, já que em pouco tempo foi preso pela rede que um pescador havia jogado ao rio. Pouco depois acabou agonizando em uma cesta de compra, junto com outros peixes tão infelizes como ele. Acontece que a cozinheira da casa na qual havia estado o soldadinho chegou ao mercado para comprar peixe. 
— Esse exemplar parece apropriado para os convidados desta noite — disse a mulher, contemplando o peixe exposto em cima de um balcão. O peixe acabou na cozinha, e, quando a cozinheira o abriu para limpá-lo, ficou surpresa com o soldadinho em suas mãos. 
— Mas esse é um dos soldadinhos de...! — gritou, e foi em busca do menino para contar-lhe onde e como havia encontrado seu soldadinho de chumbo que estava sem uma perna. 
— Sim, é o meu! — exclamou espantado o menino ao reconhecer o soldadinho mutilado que havia perdido. 
 — Quem sabe como chegou até a barriga deste peixe! Coitadinho, quantas aventuras haverá passado desde que caiu da janela! — e o colocou na estante da chaminé onde sua irmãzinha havia colocado a bailarina. Um milagre havia reunido de novo os dois apaixonados. Felizes de estarem outra vez juntos, durante a noite contavam o que havia acontecido desde a sua separação. Mas o destino lhes reservava outra surpresa ruim: um vendaval levantou a cortina da janela, e, batendo na bailarina, derrubou-a na lareira. O soldadinho de chumbo, assustado, viu como sua companheira caía. Sabia que o fogo estava aceso porque notava seu calor. Desesperado, se sentia incapaz de salvá-la. Que grande inimigo é o fogo, que pode fundir umas estatuazinhas de chumbo como nós! Balançando-se com sua única perna, tratou de mover o pedestal que o sustentava. Depois de muito esforço, acabou finalmente caindo também ao fogo. Juntos dessa vez pela desgraça, voltaram a estar perto um do outro, tão perto que o chumbo de suas pequenas pernas, envolto em chamas, começou a fundir-se. O chumbo da perna de um se misturou com o do outro, e o metal adquiriu surpreendentemente a forma de um coração. Seus corpinhos estavam a ponto de fundir-se, quando coincidiu passar por ali o menino. Ao ver as duas estatuazinhas entre as chamas, empurrou-as com o pé longe do fogo. Desde então, o soldadinho e a bailarina estiveram sempre juntos, tal como o destino os havia unido: sobre apenas uma perna em forma de coração.



Voltem amanhã! Beijão!

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Cordel: O patinho feio

Bom dia! Hoje vamos conhecer um outro tipo de texto: Cordel (Cordel são folhetos contendo poemas populares, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. Os poemas de cordel são escritos em forma de rima e alguns são ilustrados).
Então vamos conhecer a história "O patinho feio, escrita em cordel.
#umaleiturapordia

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O patinho feio - cordel

A pata, toda orgulhosa,
acomodou-se no ninho
esquentou todos os ovos
para ter os seus filhinhos
esperou com paciência
ficando na indolência
à espera dos bebezinhos

Os dias foram passando
e ela continuava lá
vinha o dia depois da noite
ela no ninho a esperar
em pouco toda ninhada
viria alvoroçada
só lhe restava esperar

O dia finalmente chegou
nasceram vários patinhos
suas amigas vibraram
correram a ver os bichinhos
tinham a carinha da mãe, ai!
nenhum parecia com o pai
eram todos tão fofinhos

Logo estavam correndo
na direção do laguinho
a mãe pulou solta na água
logo depois os patinhos
quando contou seus filhotes
na contagem e no rebote
faltava um dos bichinhos

Ligeira olhou para trás
e lá estava o coitadinho
sem coragem para entrar
ficou na margem sozinho
foi até lá e o encorajou
bem delicada o empurrou
e ele caiu no laguinho

Mas, coitado do patinho
estava se afogando
caiu n'água desajeitado
e nadar estava tentando
seus irmãos todos fagueiros
gargalhando zombeteiros
ficavam dele zoando

Depois, já equilibrado,
atrás dos outros nadando
lá se foi todo contente
a mãe já n'água liderando
mas sem ter tanta destreza
nadando nada beleza
para trás ia ficando

Não ficou somente nisso
os dias foram passando
enquanto os filhos cresciam
mamãe pata foi notando
que o filho deselegante
mudava a todo instante
ficava sempre mudando

Maior do que os seus irmãos
com asas desengonçadas
que lembravam para-quedas
e pareciam engraçadas
Era todo diferente
qualquer mãe depressa sente
havia coisas erradas

Nem parecia seu filho
quac quac ele não fazia
grasnava tão esquisito
ela nem reconhecia
pois o jeito como a chamava
já nem de longe lembrava
o filho que tanto queria

O patinho também percebeu
e se sentiu abandonado
ninguém brincava com ele
ficou marginalizado
um dia nada contente
viu que era diferente
e lamentou inconformado

Querendo saber o motivo
de tanta discriminação
junto à margem do laguinho
tentando a melhor posição
procurou ver seu semblante
e naquele mesmo instante
compreendeu a situação

Não era igual aos demais
isso ele compreendeu
tinha muitas diferenças
doía, mas reconheceu
melhor ir logo embora
ir pelo mundo afora
esse lugar não era seu

Não queria despedida
aumentaria mais o sofrer
juntaria seus trapinhos
partindo ao amanhecer
por ser um feio patinho
viveria tão sozinho
talvez fosse melhor morrer

Mas não pensaria nisso
andaria na floresta
no anelo de esquecer
um dia tudo foi festa
quem ele tinha amado
o havia desprezado
que mais na vida lhe resta?

Antes que o sol despontasse
sua trouxinha amarrou
olhou para a mãe e seus irmãos
"oh que insuportável dor!"
ainda tentou segurar
mas não pode aguentar
enquanto se ia, chorou

Passou longe do laguinho
não pretendia mais olhar
porque a água lhe mostrava
sua feiúra sem par
pra que sofrer novamente?
Era mesmo diferente
melhor não se reencontrar

Foi seguindo seu caminho
não tinha um rumo certo
qualquer lugar serviria
o matagal, um pobre teto
e pensou firme no coração
de sua mãe e nenhum irmão
não chegaria mais perto

Próximo a um grande rio
um alvoroço escutou
escondeu-se no matagal
temeroso ele olhou
vendo pássaros, milhares
brancos, lindos, aos pares
tanta beleza o encantou

Que majestosas figuras
de porte tão elegante
sim, enormes, bem charmosas
que fascínio mais tocante
"parecem alguém que já vi
será impressão que senti?"
pensou o patinho distante

"Saia de trás desse mato"
perto dele alguém falou
"por que não brinca conosco?"
A voz gentil ele escutou
não conseguindo entender
que nada havi'a temer
só amizade encontrou

"Quem são e de onde vieram?"
Ele pode balbuciar
o outro pensou admirado:
"estranho modo de falar"
"somos cisnes, você também
venha, vamos lá brincar, vem!
logo ao Sul vamos voltar"

O triste pretenso patinho
compreendeu de repente
por que daquela família
ele era diferente
e veio a verdade de fato
era um cisne, não pato
e lá se foi ele contente

Gilbamar de Oliveira Bezerra

Espero vocês amanhã com muito mais! Professora Nanci Nalini

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